Editor do Carta Capital marca presença na UBC

A convite dos alunos de jornalismo do 4º semestre, Lino Bocchini fala sobre sua carreira e como lida com a ética na profissão

O editor online da Revista Carta Capital, Lino Bocchini, deu continuidade a série de palestras sobre ética no Jornalismo. Questões como Mídia Ativismo e a relação das versões de web com o conteúdo impresso foram abordadas. O encontro aconteceu na segunda-feira (17) e reuniu cerca de 20 alunos do 4º semestre do curso.

Bocchini é formado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Com mais de 20 anos de profissão, Lino é editor online da Carta há três anos. Atuou também como assessor de imprensa na Secretária de Governo da Prefeitura de São Paulo, durante a gestão da prefeita Marta Suplicy (PT). O jornalista trabalhou como editor do relançamento da revista POP, da Editora Abril, que acabou não sendo lançada.

Durante o encontro, Bocchini comentou sobre as dificuldades que a versão online dos veículos tem em relação à captação de dinheiro, um problema frequente para os profissionais da área. Segundo ele, tudo na internet seria de graça, até mesmo o anúncio vendido pelos veículos.

O editor comentou ainda que atualmente a Carta Capital recebe mais de um milhão de visualizações da revista na internet. Esse número coloca em contraste as 20 mil revistas impressas que são levadas as bancas e aos assinantes. “Hoje em dia, a população encontrou na internet a facilidade de ler o conteúdo, o papel, o impresso esta saindo de moda”, comentou.

O convidado criticou também a imparcialidade velada da mídia e diz que o posicionamento do veículo é importante para que o leitor saiba que tipo de conteúdo está sendo apresentado. Ele citou exemplos de parcialidade dentro do jornalismo. “O New York Times é parcial há anos”.

Bocchini é conhecido também por sua militância para transformar a mídia em um espaço mais democrático, dando assim, liberdade para novas iniciativas. Quanto a isso, ele afirmou que os veículos alternativos estão ganhando espaço, ainda mais após as jornadas de junho de 2013, quando as manifestações tomaram força.

Texto: Amanda Chrispim, Amanda Vaz e Vinicius Amaral.

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