Coletivos são queimados e paulistanos sofrem com o desrespeito
- cibertextoubc
- 23 de out. de 2014
- 3 min de leitura
De protestos pacíficos para destruição, policia não descobre motivos para ônibus serem queimados nos últimos dias.

A cidade de São Paulo, soma mais de 100 coletivos incendiados só neste ano. De acordo com a empresa de transporte publico SPTrans, o grande motivo, é o protesto de moradores contra as mortes causadas nas comunidades em confrontos com a policia.
O ultimo caso registrado, foi na noite da última segunda-feira(20), por volta das 23h, quando um ônibus foi queimado na altura da Rua Antonio Ramos Rosa, situada no bairro Santo Antonio.
Segundo a Policia Militar, um grupo de 30 pessoas, cercaram o veiculo e atearam fogo. Os militares não informaram a razão do manifesto.
Já no ultimo sábado 18, outro caso de vandalismo aconteceu na estrada turística do Jaguará, na zona Oeste de São Paulo, com mais um veiculo queimado por um grupo de (20) pessoas que tiveram a mesma ação de cercar o coletivo e atear fogo.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, um motorista de 42 anos, que não quis se identificar, passou pelo mesmo ato de vandalismo e com o susto não conseguiu soltar seu sinto de segurança, e teve queimaduras pelo corpo.
Segundo a empresa SPTrans, o numero chega a 114 ônibus queimados e 754 coletivos que sofreram algum tipo de avaria durante manifestações em são paulo.
Motivos de protestos
Uma onda de protesto que atingiu o Estado, aconteceu no mês de junho do ano de (2013), devido o aumento da tarifa tanto de ônibus, quanto para trem e metrô, chegando a 3,20.
Com a iniciativa do governo em adquirir o novo reajuste, os membros do (MPL) Movimento Passe Livre, se reuniram na avenida paulista, centro de São Paulo.
Sendo uma das vias mais usadas pelos paulistanos, à policia militar logo entrou em ação para desafogar o transito que estava totalmente parado.
Por ser uma manifestação pacifica, no decorrer da noite, alguns vândalos começaram a depredação as bancas de jornal, bancos, e a pichação de transporte coletivo.
Com o acompanhamento da policia, a ação foi imediata, bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta foram lançados contra a multidão, e ao menos 15 pessoas foram presas.
Já a MPL afirmou, que os atos de vandalismo não partiram dos membros do movimento, mais de pessoas avulsas.
A declaração da PM foi em dizer que apenas usou a força para liberar a via.

Política e Manifestação
Em entrevista para Rádio França Internacional (RFI) em Paris, o governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin disse que segurar o trânsito em vias importantes é “caso de policia”.
“Uma coisa é movimento, tem que ser respeitado, ouvido, dialogado. Isso é normal e é nosso dever faze- lo. Outra coisa é vandalismo, e você interromper artérias importantes da cidade, tirar o direito de ir e vir das pessoas, depredar o patrimônio publico que é de todos. Isso não é possível, e é caso de policia e a própria policia tem que agir garantindo a segurança das pessoas”. Afirmou, governador do Estado de São Paulo.
Responsabilidade
O Ministério Publico de São Paulo, informou que por inquérito civil publico, vai responsabilizar os manifestantes pelo quebra- quebra no decorrer dos protestos contra o aumento das passagens.
Já a promotoria, pretende identificar e também responsabilizar os vândalos que depredaram o patrimônio publico e privado, causando constrangimentos.
Leis contra a depredação
Segundo as sanções da Lei, 314, artigo 25 – praticar devastação, saque, assalto, roubo, depredação ao patrimônio publico, a pena de reclusão pode variar de 2 anos, para 6 anos de prisão.
Texto por Gabriel Dias.
Imagens: Acervo do Google.
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