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Abstenção nas eleições é o mais alto desde 2008

  • Foto do escritor: cibertextoubc
    cibertextoubc
  • 14 de out. de 2014
  • 2 min de leitura

Falta de esperança, de perspectiva, forma de protesto, indignação. Qual a motivação de tantos brasileiros não comparecerem as urnas nesta eleição 2014?


Dados do Tribunal Superior (TSE) revelam que o nível de abstenção nas eleições do 1º turno foi o mais alto desde 1998. Em 2014, mais de 19,4% dos eleitores não compareceram às urnas, o que representa 27,7 milhões, de um total de 142,8 milhões votantes. No pleito de 1998, o percentual de abstenção foi de 21,5%.

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A proporção de votos brancos também foi elevada neste ano - 3,8%, ou 4,4 milhões dos 115,1 milhões de votos registrados. Em 2010, o índice foi de 3,1%, e em 2006, de 2,7%. O índice deste ano também é o mais alto desde 1998, quando o percentual chegou a 8%.


Quase 6% dos eleitores que compareceram às urnas neste ano anularam seus votos para presidente. O nível mais alto registrado anteriormente foi em 2002, de 7,4%.


O número de eleitores paulista cresceu 2,4% em relação a 2012 de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Porém, o numero de abstenções foi de quase 20%, três pontos percentuais acima das eleições de 2010.


Para o sociólogo Afonso Pola, as abstenções, votos brancos e votos nulos são fenômenos que estão sempre associados a diversos fatores, como o excesso de chuva. Mas a taxa de abstenção pode também ser influenciada por fatores político como o ocorrido em 1994. Naquele ano, a eleição foi decidida ainda no primeiro turno e, como as pesquisas já antecipavam tal tendência, muitos eleitores decidiram não votar.


“Quando observamos que as taxas de abstenção, voto branco e voto nulo apresentam uma tendência de alta a partir de 2006, podemos inferir que tal comportamento deve estar relacionado ao crescente desencanto da população com as instituições políticas, particularmente o Congresso Nacional e os partidos políticos”, afirma Pola. Ele destaca também as mobilizações em junho de 2013. “As manifestações ocorridas em junho de 2013, além de chamar a atenção para diversas demandas da sociedade por mais e melhores políticas públicas, também foram taxativas na condenação das velhas formas de se fazer política.”, disse.


“Os escândalos se repetem com muita frequência e atingem diferentes instancias dos diferentes poderes. Isso vale para o âmbito municipal, estadual e federal, bem como para todas as principais legendas partidárias”, concluiu



Texto Vanessa Oliveira & Ana Emanoele

Colaboração: Sociólogo Afonso Pola


 
 
 

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