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  • Foto do escritor: cibertextoubc
    cibertextoubc
  • 9 de out. de 2014
  • 3 min de leitura

Com uma equipe modesta, La Salle da Bolívia cativa os torcedores de Mogi das Cruzes durante a disputa da primeira fase do Sul-Americano de Basquete.

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2.355 km, esta é a distância que separa Tarija na Bolívia de Mogi das Cruzes (SP). Esse longo trajeto não impediu que um grupo de bolivianos junto de dois norte-americanos e um argentino, viesse se aventurar em terras tupiniquins. Esta é a história do modesto La Salle Tarija, atual campeão boliviano de basquete e um dos 16 participantes da 19º edição da Liga Sul-Americana, típica equipe que enfrenta todos os tipos de desafios por amor ao esporte e o orgulho em representar sua pátria, formado por apenas três jogadores profissionais, contratados pontualmente para o torneio continental, e o restante do plantel na sua grande maioria esportistas de Tarija que conciliam as mais variadas ocupações fora das quadras, que vão desde empresários, funcionários públicos e administradores de empresas até estudantes, o caso dos mais novos do time.


Determinada em quebrar tabus, a equipe comandada pelo treinador Giovanni Vargas, reforçada do ala Mariano Byro e dos pivôs norte-americanos Rickie Young e Djbril Kante, ambos, os únicos profissionais do elenco, cativaram os torcedores de Mogi das Cruzes durante a disputa do Grupo A da primeira fase do Sul-Americano, que aconteceu entre os últimos dias 30/09 e 02/10 no município paulista. Cientes de suas limitações e sem muitas pretensões dentro da competição, o time veio ao Brasil no intuito de voltar para casa, com ao menos uma vitória na bagagem. Eram três oportunidades para que isso acontecesse, mas as inferioridades técnicas frente aos adversários impediram a realização deste objetivo.


Em três partidas foram três derrotas, um 84 a 50 contra o Mogi Basquete na estreia, 86 a 60 contra o Libertad Sunchales (ARG) na segunda partida e por fim o revés de 81 a 54 contra o Malvín (URU) no último jogo. Como consequência destes resultados, uma eliminação já prevista no roteiro boliviano, e mais uma vez o sonho de fazer história adiado.


Ao treinador Giovanni Vargas só restou saudar seus atletas pela dedicação em quadra e lamentar o amadorismo vivido pelo basquete boliviano: “Creio que fizemos um bom campeonato, melhor do que esperávamos. A melhor participação da Bolívia nos últimos anos e lamentavelmente faltaram recursos, e não viemos com a delegação completa, acredito que foi isso que faltou” – apontou o treinador.


Mesmo em meio a estas adversidades o comandante ressaltou a oportunidade em disputar uma competição internacional: “Foi uma experiência imensa, a mim acrescentou muito como treinado, uma competição com os melhores jogadores de suas seleções nacionais. Foi um treinamento de alto nível, que nossos jogadores vão levar para o resto da vida” - disse Giovanni.


Para quem acompanhou os jogos, a humildade e a determinação em prol de um desejo, foram determinantes para que os ilustres visitantes ganhassem o apoio da torcida mogiana: “Praticando um basquete aguerrido e que deixa nítido o falta de recursos, um jogo limpo e sem nenhum tipo de apelação mesmo com a larga desvantagem no placar, para nós apaixonados pelo esporte, só restou apoia-los” – contou o torcedor Vinicius Henrique.


A eliminação ainda na primeira fase colocou um ponto final na epopeia do La Salle, que já voltou para a sua realidade na Bolívia e agora busca alcançar dias melhores no cenário do esporte Sul-Americano.



Texto: Guilherme Borges & Rafael Dentini

Imagem: Cairo Barros

 
 
 

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